26.3.04

Não há coincidências


A Ribeira Negra está aqui porque uma noite houve uma pessoa que me disse (no lugar certo, no momento certo) que ela aqui podia estar. Pareceu-me uma boa ideia, ou antes, pareceu-me que era coisa para aceitar. "Não há coincidências, sabes?", dissera-me ela.
Pois não, não há coincidências. Em toda a história do mundo, e em todas as histórias verdadeiras que o mundo tem, há coisas que foram propostas e se aceitaram, olhos nos olhos, e há coisas de que o olhar se desviou. Adivinham que coisas fizeram nascer outras coisas, não é?
Este dia 25 de Março, em que a Ribeira chegou aqui, é o dia em que desde há séculos se conta uma estranha história de aceitar. É uma história pequena: um anjo apareceu a uma rapariga e disse-lhe que dela nasceria um deus vivo, se ela quisesse. E ela quis. É um bom dia para a Ribeira começar, se for uma história verdadeira.