A Tricana
E se um do outro dissemos, sob o claro
cipreste — Companheiro... — e quase, em breve prece
as mãos se nos uniram em assombro raro,
não foi, Tricana, porque em nós houvesse
mais que o cipreste claro e a incerta voz.
Mas queiramos crer (de querer não nos é dado
mais que o crermos querer) que fora em nós,
confusamente, sentido o murmurado
e sombrio canto de um ignoto deus;
e esse momento guardemos, no profundo
alfobre da minha dor e desses teus
sonhos, e o teremos até ao fim do mundo...
— e sejamos um do outro o eterno adeus,
como se fora eu Narciso, e tu Goldmundo...
E se um do outro dissemos, sob o claro
cipreste — Companheiro... — e quase, em breve prece
as mãos se nos uniram em assombro raro,
não foi, Tricana, porque em nós houvesse
mais que o cipreste claro e a incerta voz.
Mas queiramos crer (de querer não nos é dado
mais que o crermos querer) que fora em nós,
confusamente, sentido o murmurado
e sombrio canto de um ignoto deus;
e esse momento guardemos, no profundo
alfobre da minha dor e desses teus
sonhos, e o teremos até ao fim do mundo...
— e sejamos um do outro o eterno adeus,
como se fora eu Narciso, e tu Goldmundo...
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