Deixar correr a Ribeira tem sido para mim, nestes dias, um esforço grande: ando cansado, ando afogado num trabalho que não termina, ando triste com pessoas que à minha volta me dizem (como me disseram há dois dias), "o teu mal é nem te lembrares que existem os outros" (eu acho que normalmente me lembro dos outros). E tenho andado a pensar em deixar a Ribeira secar, aproveitando o Verão desolado. Mas os comentários a alguns dos últimos posts, ao Remorso, à Rapariga de Outono ou ao Olhar do Falcão, dão-me razões para ficar. Obrigado. E sobre o olhar e os caminhos que ele faz queria responder aos que me falaram (é engraçado como se percebe, lendo tudo isto, que há aqui uma obsessão minha; não tinha nunca dado por ela). Espero ter tempo daqui a pouco.
Uma frase que li ontem, vinda de um sítio que muitos de vós acharão estranho (palavras de um cardeal católico): "tudo o que é real é verdadeiro". Se posso mais uma vez brincar com as palavras, everything that is real is true. everything that is royal is true.
11.7.04
A Ribeira, mais uma vez: real, royal
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