Ser
Gostava de ser nesta calma este cipreste:
tão quietamente igual ao corpo que o reveste.
[pintura: Youth and Time, de John William Godard (1901)]
5.7.06
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24 Comments:
"I stood still and was a tree amid the wood,/Knowing the truth of things unseen before"
Ser no tempo...
Por vezes essa categoria e condicao me confunde.
Maitre d' Or.
Sinto muitas vezes esse anseio, como um contraponto à tensão, um desejo de quietude e tranquilidade. No entanto, penso que no geral (isto é, pensando a vida como um todo e não num ou outro momento ou impressão) prefiro a tensão entre ser e não-ser do ser-se humano ou whathever... Não sei...
Indefinição, é o que me permite responder ao ser (isto ou aquilo).
Não sei. Não ter de responder, é mais desejável?...
Por outro lado, é verdade que a impressão de querer-se cipreste poisado tranquilamente no seu ser, me tranquiliza. Mas será esse anseio directo, ou indiciará outra coisa... Somos precisamente esse anseio, e se tal obtivessemos... Bolas, não sei mesmo...
Abraço.
Tree, pois... é isso mesmo. De quem são essas palavras?
Menina... e no entanto ser é tão dolorosamente intuitivo...
Vitor :) somos precisamente esse anseio, pois. E quem disso nos libertará? E se nos libertarmos, seremos o cipreste, o rapazito da túnica ou o tigre? Hum.
A rapariga é fascinante... Ela ilumina a pintura.
se nos libertarmos, seremos, julgo eu, o coração do tigre.despojados da sua pele e dos nossos temores.
De um poema,"The Tree"(de Ezra Pound - infelizmente parece que o sujeito era fascizóide e anti-semita, mas, enfim, já me habituei a separar a pessoa da arte).
Serei o cipreste, sem perder a consciência, ou a intuição, de o ser.
saberás tu a história associada a uma velha placa que agora guardo nas areias da ínsua? estarás com tempo e disponibilidade para a contar? :)
deixo as mesmas perguntas ao vitor mácula e ao lord of erewhon.
um abraço
Caro amigo: la actual es -me parece- una crisis ontológica. El hombre de hoy ha perdido el norte, las raíces. No sabe quién es ni hacia dónde va. Tremendo.
Te copio unas palabras que leí estos días. Son de Benedicto XVI: "Seguid, pues, proclamando sin desánimo que prescindir de Dios, actuar como si no existiera o relegar la fe al ámbito meramente privado, socava la verdad del hombre e hipoteca el futuro de la cultura y de la sociedad. Por el contrario, dirigir la mirada al Dios vivo, garante de nuestra libertad y de la verdad, es una premisa para llegar a una humanidad nueva. El mundo necesita hoy de modo particular que se anuncie y se dé testimonio de Dios que es amor y, por tanto, la única luz que, en el fondo, ilumina la oscuridad del mundo y nos da la fuerza para vivir y actuar (cf. Deus caritas est, 39)".
Un fortísimo abrazo.
Eu só tenho olhos para a pele do tigre debaixo da peida da gaja e lembro-me daquela gentalhada bem que foi inaugurar o Campo Pequeno como se fosse uma summer party.
Lá se fodeu o romantismo da cena.
És uma precipitada, Madrinha, e não leste um dos meus comentários. Pois... cipreste e tal... normalmente, ninguém repara no tigre. Um abraço. Bem aventurados os que mantém os olhos abertos na escuridão, pois deles será a luz verdadeira.
Por acaso eu reparei no tigre. Gostava mais de o ver adormecido, espojado e não despojado; ou então bem desperto, pronto a... saltar? Talvez até sozinho e saciado, com um restinho do rolo de pergaminho do rapaz ainda entre os dentes.... :)
Yah, Gold. Essa tua inclinação para ver escuridão (mesmo onde ela pode não existir) fez-me lembrar uma variante de trotskistas ortodoxos de quem se dizia que apagavam as luzes para verem a cena ainda mais escura. Enfim, historicistas...
O desgraçado do pintor chamava-se Godward. O nome assenta-lhe como uma luva. Suicidou-se, asfixia com gaz.
Boa noite!
Daqui a algumas horas o Sol trará mais luz verdadeira (mensurável) a Portugal
;-)
Tiger... pois, Godward! Que curioso lapso, Godard como o menino-dos-filmes... Ah Freud (ite).
Hum. Ver a escuridão? ... Deixas-me a pensar. Eu tenho fotofobia desde pequeno, nos dias brancos de inverno os olhos doem-me se não usar óculos escuros. Mas não sei se é a escuridão que quero ver. Quero, talvez, sê-la. Ver as coisas com o olhar nocturno do lobo. E que as luzes iluminem as luzes, do mesmo modo que os mortos enterram os mortos.
Seja Gold. Que sejas então escuridão se fôr esse o teu desejo e a tua vontade.
Goldmundo: por falar em mortos e em escuridão, imaginemos um estudo sobre este quadro feito por Francis Bacon. Uma delícia.
Gotika: qual romantismo? Aqueles dois estão tão mortos como o tigre e o balcão de mármore.
o que vejo...
o rapaz partirá inquieto porque disse à rapariga palavras estranhas, palavras que nem ele conhece...
...apetecia-lhe partir...e ás vezes não há razão para partir...
a rapariga ficou quieta (tal como todas as rapariguinhas bem comportadinhas...) soltou uma lágrima e partiu (também) de rosto no chão para não se ver o choro...
(ela ainda não sabe que o choro de dentro nunca ninguém vê, e não é preciso que se veja mas que se sinta... o choro...)
o leão ficou sozinho, vento no pêlo morto,
olhar fitado no nada,
(quando a vida esteve em cima dele estava mais morto do que nunca...)
começou a ventania!
o tigre partiu com o vento
o cipreste abanou preso às raízes
(mesmo com raízes fundas se abana)
o mar rebelou-se em altas vagas...
fica-me sempre o mar profundo onde tudo parece flutuar ao som do nada...
maria do mar
«mini-spam»
--->>> Não sejas um PARVO IDIOTA ÚTIL ao serviço do Interesse Judaico: o EXTERMÍNIO da Identidade Étnica Europeia (em particular, da Identidade Ariana Europeia)... e não só...
--->>> ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS... reivindica o LEGÍTIMO Direito ao Separatismo: A constituição de Espaços Reserva Natural de Povos Nativos.
[ Nota: Não é difícil de perceber que a única forma de SALVAR a Identidade Étnica Europeia (e, em particular, a Identidade Ariana Europeia) é o Separatismo: Ver: SEPARATISMO-50]
ANEXO 1:
Depois da acção de extermínio cometida por Arianos sobre Judeus [na 2º guerra mundial], os Judeus planearam a sua Vingança sobre os Arianos.
Mas acontece que "a Vingança é um prato que se serve frio".
Ou seja, a vingança não é concretizada no imediato, mas sim, no LONGO PRAZO.
Os parvos que acordem:
-> como o Separatismo vai permitir o SALVAR da Identidade Étnica Europeia (e, em particular, da Identidade Ariana Europeia), agentes judaicos infiltrados nos Movimentos Nacionalistas Europeus procuram - a todo o custo - IMPEDIR que os europeus venham a reivindicar o LEGÍTIMO Direito ao Separatismo.
ANEXO 2:
A Elite dos Capitalistas Selvagens continua a 'preparar o terreno':
-> promove a dissolução das Identidades Nacionais...
-> promove o Caos...
[ Nota: os Líderes da Alta Finança (Capitalistas Selvagens) são os Judeus ]
Depois, a partir do Caos, os Capitalistas Selvagens pretendem erguer uma Nova Civilização: uma CIVILIZAÇÃO MERCENÁRIA... aonde os Capitalistas Selvagens serão os Senhores Donos do Mundo.
[ Nota: Será um Neo-Feudalismo (agora numa forma mais ampla)... de facto, no passado, também foi a partir do Caos que os Senhores Feudais (com os seus mercenários - que trabalham para quem lhes pagar mais) ergueram a sua Civilização Mercenária: o Feudalismo ]
a ribeira começou a agitar...
O calor dilata os corpos e retrai os espíritos.
Chama-lhe cipreste!:)=
(Já nem tens tempo pró blog, meu pinga amor!)
Abraço!
P. S. Há atrasados mentais que estão aquém de toda e qualquer definição ideológica!
Mais de um mês sem postar... será que a Ribeira ainda mexe ?
Namasté
Ser e apenas ser, transfigurada em qualquer pedaço de tempo
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