A rapariga do outono
Sou eu que a imagino? Deixa os teus olhos descansar e vê bem o lado direito desta pintura: de pé junto da água, alta e frágil como as árvores do outono, uma rapariga magra vestida de lilás, a saia comprida mais escura, com o cabelo dourado a cair pelos ombros, as mãos talvez traçadas à frente... Vêmo-la de lado, a olhar a paisagem de que é feita. Quase ouvimos o barco a chegar do outro lado, os remos a descer o rio parado. Como ela vai parada também, como se aguardasse apenas um pouco inquieta. E atrás dela o dia ficou mais escuro.
O pintor não a pôs lá. Mas o mundo é também o que nós nele queremos ver.
1 Comments:
Não sei o seu nome , nada sei de si, apenas que caí aqui de para-quedas atrás de uma pintura apelativa, linda que vi na Net.
Se me permite, e apesar de não conseguir saber o nome do autor da pintura, vou usá-la bem como o seu poema, dando-lhe todos os créditos, citado o nome do seu Blog e como amei o poema vou juntá-lo ao texto que publicarei.
Se eventualmente não estiver de acordo, contacte-me que eu farei um delete do mesmo imediatamente.
Fernanda Ferreira
mais conhecida por Ná
Na casa do Rau
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