Uma só coisa
Força ao progresso em nome do homem!
amaldiçoo e detesto o pseudoprogresso,
queimam-me a garganta os termos técnicos,
dei-lhes alma e voz:
maldito, porque uma mulher no futuro
perguntará, mastigando pílulas sintéticas:
"Em Voznesenskij, terceiro volume,
o ciclotrão que animal é?"
De repente, respondo: "Os seus ossos enferrujados acabaram,
como uma sucata de carro velho, já deixaram de meter medo."
Os técnicos e as potências
estão sujeitos à morte e ao esquecimento.
Uma só coisa dura sobre a Terra
como raio de estrela extinta que brilha ainda:
há muito tempo, chamavam-lhe alma.
Força ao progresso em nome do homem!
amaldiçoo e detesto o pseudoprogresso,
queimam-me a garganta os termos técnicos,
dei-lhes alma e voz:
maldito, porque uma mulher no futuro
perguntará, mastigando pílulas sintéticas:
"Em Voznesenskij, terceiro volume,
o ciclotrão que animal é?"
De repente, respondo: "Os seus ossos enferrujados acabaram,
como uma sucata de carro velho, já deixaram de meter medo."
Os técnicos e as potências
estão sujeitos à morte e ao esquecimento.
Uma só coisa dura sobre a Terra
como raio de estrela extinta que brilha ainda:
há muito tempo, chamavam-lhe alma.
A. Voznesenskij (1983)
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