Um dia a noite falará inteira pelas minhas mãos, como na primeira noite.
Um dia hei-de olhar as árvores e as ruínas sem me recordar do teu rosto, porque ao meu alcance há-de estar o teu rosto.
Um dia hei-de-me calar, sabendo que não haverá nada que não tenha sido dito, e nada que não tenha sido escutado.
Um dia hei-de empunhar a espada, e da minha alma há-de ela fazer a baínha mais segura. E hei-de entender a sua canção doce, o canto triunfante da espada que não anseia a batalha, mas que não teme a batalha.
Um dia hei-de-me lembrar do que te disse quando pela primeira vez baixaste os olhos.
Um dia hei-de retomar o meu lugar junto dos domadores de cavalos.
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