11.6.05

Roxas flores, águas tranquilas



As buganvílias são isto. Eu tenho sido isto também. Cada mês tem um sabor próprio, uma cor diferente, uma maneira de rir. Cada mês é igual a um bocadinho de mim. Às vezes tenho saudade do Outubro azulado, do Março de hortelã, do Setembro de olhos tão verdes. Mas fazia-me falta ser Junho, ser a dádiva da buganvília que faz a pedra acordar.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tu és poeta! Gosto muito da forma como escreves! Mas pareces sempre uma alma tão sofredora! Porque é que te apegas tanto às Escrituras e não tentas viver de uma forma mais leve, como as buganvílias lindas que não cheiram, têm espinhos, mas são tão belas e tão diferentemente coloridas que se torna impossível não as amar? Que lindo seria o mundo se todas as raças, todas as cores, todas as religiões, toda a gente se entendesse. Eu posso ser uma lírica, mas todos os dias sonho com isso...

13/6/05 20:33  
Blogger Goldmundo said...

Mas entendemo-nos, Luz. Não preciso de mudar a minha religião para isso. Se não, não haveria cores.

13/6/05 21:13  
Anonymous Anónimo said...

Não estou a falar de nós mas do mundo em geral. Eu acredito profundamente no ecumenismo, no diálogo inter-religioso, mas há tanta gente que, em nome do nosso Deus único faz tantas velhacarias!

13/6/05 22:01  
Blogger Goldmundo said...

Não é preciso estudar para fazer velhacarias, Luz. Isso sabemos desde sempre... E há tanta gente que não as faz! Esse é que é o mistério admirável.

14/6/05 13:48  

Enviar um comentário

<< Home